Um grande movimento político, pacífico e organizado, liderado por uma gama de vereadores, de várias cidades dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha, aconteceu na manhã dessa quinta-feira 20, quando os edis se reuniram em frente à construção inacabada do Hospital Regional de Téofilo Otoni, para deliberarem sobre a retomada das obras e funcionamento para atendimento da população dos dois vales.
Os organizadores protestaram contra a paralisação da obra que já dura mais ou menos 08 anos e foi prometido pelo Governador Romeu Zema, durante campanha para o Governo do Estado na Eleição de 2018 que se ele fosse ele eleito retomaria imediatamente as obras.
Já se passaram quase 02 anos e meio de governo e a obra continua paralisada. Nem o período de pandemia sensibilizou o Governo de Minas a terminar a construção, que atenderá 1 milhão de pessoas dos dois Vales, considerados os mais pobres de Minas.
O Governo de Zema recebeu 33 bilhões de um acordo feito com a empresa Vale do Rio Doce em compensação aos danos causados pelos rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho. Além dos prejuízos ambientais muitos irreversíveis, vidas foram ceifadas causadas pelas duas tragédias.
Os vereadores cobram do Governo de Minas o repasse para a retomada das obras do Hospital Regional de Teófilo Otoni, porque parte do acordo bilionário será destinado para a retomada de obras inacabadas e paralisadas de governos anteriores na área da saúde. Essa obra quase faraônica está inclusa nesse acordo.
Para que haja a retomada da continuidade da obra do Hospital de Teófilo Otoni é necessário que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, por seus representantes legais, , aprove a liberação do recurso para essa finalidade. Portanto, compete aos deputados estaduais resolverem essa celeuma.
Os edis dos dois Vales, Mucuri e Jequitinhonha, estão organizado e mobilizando uma comitiva para irem a Belo Horizonte, onde tentarão conversar e convencer os deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais a aprovarem em caráter de urgência, a liberação do aporte financeiro, já pactuado no acordo de 33 bilhões com a Vale do Rio Doce, para imediatamente destinar à retomada das obras do Hospital Regional de Teófilo Otoni.