De tempos em tempos o mundo sofre com algum surto de epidemia que dizima milhares de pessoas em determinada localidade ou região, depois se cristaliza, estabiliza e às vezes desaparece para sempre. Outras atingem o apogeu da disseminação, entra em declive, se cristaliza e é devidamente controlada.
No século XIV, a peste negra considerada a maior epidemia da história da humanidade, dizimou entre 70 e 200 milhões de pessoas. Um terço dos europeus morreram por causa da doença, que atingiu também o continente asiático e parte da África.
A transmissão da peste negra se dava através das pulgas dos ratos, que encontravam ambiente insalubre e sujo para proliferação. Com o melhoramento do saneamento das cidades e higienização dos habitantes, houve uma diminuição acentuada dos ratos urbanos, contribuindo para o combate da epidemia.
Durante a primeira guerra mundial (1914-1918), quem assombrou o mundo não foi os combates e nem os combatentes e sim a gripe espanhola, que matou em torno de 50 milhões de pessoas. Até o Presidente do Brasil à época, Rodrigo Alves, morreu vítima dessa epidemia. Estima-se que no mundo todo 500 milhões de pessoas teriam sido infectadas pelo vírus influenza, causador da gripe.
O nome gripe espanhola foi porque a imprensa da Espanha, país que não participou da guerra, fez a cobertura e notou que civis estavam adoecendo e morrendo em escalas alarmantes. Todos os exércitos confinados nos campos de batalhas foram atingidos pela epidemia.
Outra doença que causou um surto vertiginoso foi a tuberculose, que no auge entre 1890 e 1950 atingiu 1 bilhão de pessoas. É uma doença altamente contagiosa que surgiu na Antiguidade e sobrevive até os dias atuais. A transmissão se dá por vias respiratórias de pessoa para pessoa, atacando principalmente os pulmões, provocando tosses crônicas, escarros, expelição de sangue e perda de peso.
A varíola foi erradicada na década de 80 do século XX, mas atormentou a humanidade por quase 3 mil anos. Entre 1896 a 1980 calcula-se que 300 milhões de pessoas morreram em decorrência dessa epidemia.
A transmissão se dava por vias respiratórias. Personalidades famosas da História foram vítimas da chamada “bexiga”, como por exemplo, Ramsés II, faraó egípcio, a rainha Maria II da Inglaterra e o Rei Luis XV da França.
Uma das doenças mais recentes não menos letal, a AIDS atingiu seu pique máximo no fim da década de 80 e início da década de 90. É uma doença incurável que se transmite basicamente através de relação sexual ou em contato com sangue contaminado. Matou em todo o mundo em torno de 21 milhões de pessoas. Hodiernamente, é controlada através de coquetéis de medicamentos.
Tem ainda a gripe suína, causada pelo vírus H1N1, surgido no México em 2009 atingido 1,4 bilhões de pessoas, vindo a matar 500 mil delas. O fim da pandemia se deu em 2010 com a descoberta da vacina que é distribuída na rede pública de saúde.
Ebola que virou tema de filme assustou a todos causando impacto até na economia mundial. Transmitido através do ebolavírus e a taxa de mortalidade gira em 90%. O vírus é adquirido por sangue contaminado seja humano ou animal.
O vírus que mais tá causando terror é o coronavírus, covid-19, que teve o pique do surto na China e se esparramou para todo o mundo como um rastilho de pólvora, em escalas alarmantes. É um vírus invisível e se transmite através do contato físico entre pessoas.
A contaminação se dá através das mãos que pode passar nos olhos, nas narinas e boca ou por vias respiratórias. Por isso, a recomendação básica é a higienização das mãos ao manusear alimentos e objetos e ficar em isolamento social, assim evitar contato direto entre as pessoas reduzindo a chance de sobrevida do vírus.