O ex-prefeito de Bertópolis, no Vale do Mucuri mineiro, Lauro Alves Jardim, popularmente conhecido como “Lozão” é suspeito de ser funcionário fantasma da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Atualmente ele está lotado como Assessor de Gabinete do Deputado Estadual Tito Torres, devendo cumprir uma carga horária de 8 horas diária conforme publicação no caderno Atos da Mesa da Assembleia do dia 06/03/2017.
Segundo informações, Lozão passa o tempo todo em Bertópolis mas ninguém da cidade sabe que ele é Assessor do deputado estadual Tito Torres.
Uma moradora disse que nunca ouviu falar que Lozão trabalhava em Belo Horizonte na Assembleia Legislativa, pois, todos os dias o vê nas ruas de Bertópolis. Que vergonha disse ela.
Outro morador expressou sua indignação, dizendo que há tanta gente desempregada precisando trabalhar e Lozão recebendo salário da Assembleia de Minas sem fazer nada. Isso é uma injustiça resume o morador que não quis se identificar.
Vale lembrar que as contas de Lozão foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e convalidada a reprovação pelos vereadores da Câmara Municipal de Bertópolis, o que torna Lozão inelegível, ou seja, ele não poderá concorrer a nenhum cargo eletivo por um período de 08 anos. Lozão está impedido de se candidatar a Prefeito ou vereador em Bertópolis até 2025.
O que causa estranheza e levanta dúvidas a serem debatidas e questionadas, é que depois do arquivamento das contas reprovadas de Lozão, o vice presidente do TCE Conselheiro Mauri Torres ressuscitou o processo que já estava morto e enterrado, depois de um ano do seu arquivamento, segundo as informações recebidas pela redação.
Para quem não sabe, Mauri Torres é pai do Deputado Estadual Tito Torres, o mesmo que nomeou Lozão para ser seu Assessor de Gabinete. Ressalta-se que desde que foi nomeado pelo deputado Tito Torres, a população de pequena cidadezinha Bertópolis vire e mexe se encontra com o ex prefeito pelas ruas, pressupondo que ele nunca foi a Belo Horizonte prestar um dia sequer de trabalho na Assembleia Legislativa.
A pergunta que a população de Bertópolis indignada faz é se o emprego “fatasma” de Lozão é em troca de apoio político ao Deputado Tito Torres? E também se esse apoio está atrelado ao fato de suas contas terem sido reprovadas e arquivadas pelo TCE e de repente, segundo informações, o pai do deputado Tito Torres que é vice presidente do TCE, Mauri Torres, ter pedido vistas para reexaminá-las?
Nesse momento tão difícil da política nacional, ainda se vê manobras nefastas e escusas para salvar político penalizado por irregularidades na Administração Pública. A população de Bertópolis deve ficar atenta a essas manobras e denunciar o caso ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público de Contas.
Se há troca de favores deve ser combatida veementemente, pois, uma população tão pobre e carente como a de Bertópolis e que ainda sofre com o descaso provocado pela má administração de Lozão, não merece uma representatividade no Parlamento mineiro que age de forma inescrupulosa e cancerígena.
Documento extraído do Diário Legislativo, caderno Atos da Mesa da Assembleia.